Reflexões sobre racismo estrutural encerram 17ª Semana Nacional dos Museus no TRE-PE

Mesa discutiu questão crucial para a democracia brasileira. Iniciativa partiu de estagiárias da Escola Judiciária Eleitoral (EJE)

Semana Nacional dos museus
Encerrando a 17ª Semana Nacional de Museus, promovida no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) através da Escola Judiciária Eleitoral (EJE), aconteceu nesta sexta-feira (17) a roda de debate “Trânsitos e movimentos: onde estão os negros na democracia?”. A mesa redonda, que trouxe um debate de fundamental importância para a democracia brasileira, finalizou uma série de discussões sobre cultura, história, preservação da memória e questões indígenas, realizadas ao longo desta semana. 

A diretora-geral do Tribunal, Isabela Landim, deu início ao evento, ressaltando a “importância de debater temáticas como essas em instituições públicas e, em especial, o TRE, que realiza as eleições”. Isabela ressaltou ainda a representatividade e competência da mesa trazida pela EJE, formada pela presidente da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Juliane de Lima; pela professora de história da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Luiza Reis e pela licencianda em Ciências Sociais e integrante do Afoxé Alafin Oyô Yasmin Alves.

Em seguida, o coordenador da EJE, Eduardo Japiassú, comentou ser de “uma alegria imensa saber que temos uma Escola dentro do Tribunal promovendo palestras e cidadania”, convidando todos a conhecer o Centro de Memória Eleitoral – CEMEL, inaugurado em 2016. O coordenador agradeceu em nome da Escola o comprometimento das estagiárias Anny Albuquerque, Laíza Campos, Lorenna Rocha e Rhayssa França, responsáveis pela idealização de toda a programação do evento. A mediação do evento ficou por conta de Lorenna Rocha, estudante de história na UFPE.

Presente pela primeira vez no Tribunal, a professora e vice-coordenadora do Instituto África da UFPE, Luiza Reis, deu destaque à importância de um momento de reflexão sobre a experiência negra na sociedade brasileira, em especial, em ambientes institucionais. Em sua fala, a pesquisadora traçou um panorama do movimento negro no Brasil, enfatizando o papel do também professor universitário e ativista Abdias do Nascimento, considerado o fundador do movimento negro unificado no país.

Em relação à importância da ocupação de espaços e inserção dos negros na democracia, Luíza defendeu que “nós que somos a população negra estamos em várias frentes e a história está aí para demonstrar."

Já a debatedora Juliane de Lima iniciou sua fala comemorando a representatividade da mesa em virtude de todas as palestrantes e idealizadoras do evento serem mulheres negras. "Até poucos anos atrás não éramos vistas como pessoas que pudessem frequentar esses espaços”. A advogada tratou de temas como o mito da democracia racial e traçou as principais diferenças entre os significados de preconceito, discriminação e racismo.

Por fim, a integrante do Afoxé Alafin Oyô Yasmin Alves tratou sobre as suas vivências e experiências dentro do grupo, que promove uma série de atividades nos campos da educação popular, esportes, percussão, dentre outros. Yasmin falou ainda a respeito dos desafios existentes e de “possíveis estratégias de ação na luta por justiça e solidariedade”.

Ao som de um afoxé do grupo Alafin Oyô e de diversas parabenizações à EJE pela manhã proveitosa, o evento se encerrou com a reflexão de que a luta pela igualdade racial é, sim, um dever de todos nós.

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