Estudantes conhecem história da democracia em visita guiada ao CEMEL

Lá puderam observar os antigos títulos, os diferentes modelos de urna e como o voto era visto em cada época

Lá puderam observar os antigos títulos, os diferentes modelos de urna e como o voto era visto em...

Assim que entraram na sala olhos curiosos percorreram as fotografias e os documentos que estavam expostos ali. Não demorou muito para surgirem as primeiras reações de espanto. “Nossa, como a urna era diferente” “e esse título? Parecia uma certidão de nascimento de tão grande!”. A curiosidade dos alunos do 2º ano do EREM Desembargador Renato Fonseca logo se transformaria num bate-papo dinâmico e cheio de conhecimento histórico. 

Recepcionados pelo servidor Bruno Vitorino e pela estagiária do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) Lorenna Rocha, os estudantes conheceram nesta quinta-feira (10) o Centro de Memória da Justiça Eleitoral (CEMEL). Lorenna, que é estudante de história, usou as fotografias para voltar ao passado com os alunos: “vocês sabem quem podia votar antigamente? Escravo votava? E mulher?”, provocou. Logo todos responderam que não, reconhecendo o quanto o processo eleitoral era desigual. “Só quem decidia eram as pessoas importantes, quem tinha dinheiro e poder, por isso que a situação não mudava… Aí a Justiça Eleitoral surgiu pra dizer ‘ó, acabou a bagunça’”, contou Lorenna, “e para fazer uma eleição mais justa”, gritou o estudante Jean lá do fundo, já entendendo a importância do TRE para a democracia. 

Depois de entender que a conquista do sufrágio universal, ou seja, do voto para todos, foi resultado de muitas manifestações pelo direito de participar, a estudante Bianca Andrade fez uma reflexão: “antigamente as pessoas lutavam tanto para votar… Hoje, podem votar e não querem”. Mas é justamente essa realidade que esses estudantes estão dispostos a mudar quando responderam “sim” para a última pergunta de Lorenna: “quando saírem daqui, vocês vão querer fazer o título?”.

Ela aproveitou o envolvimento dos alunos para fazer perguntas provocativas: “vocês viram que antigamente as urnas eram de pano e as cédulas contadas uma por uma, né? E vocês acham que esse processo era rápido e com poucos riscos de erro?”, depois de ouvir um “não” uníssono, conduziu a turma para uma palestra de Ricardo Baudel, especialista em informática, que explicou porque as urnas são seguras. “Estão vendo essa urna aqui? Ela funciona como um computador, mas tem uma diferença… Ela não usa internet e nem usa um sistema operacional comum. Ou seja, ela não usa Windows, Linux, nada que algum hacker possa usar para tentar invadir. O sistema foi todo desenvolvido por nós, e possui um código que, pelas nossas contas, levaria 184 anos para ser quebrado”, explicou. 

A atenção dos estudantes durante toda a visita mostrou que aprender história nos ajuda a construir história. Olhar para o passado nos ensina a reconhecer os avanços e a combater o retrocesso na nossa sociedade. Ou, como disse a estudante Bruna Rodrigues, nos ajuda a entender que “governar o país é responsabilidade de todos nós. E é por isso que precisamos participar na hora do voto”.

Para agendar visita ao CEMEL a escola deve entrar em contato pelo e-mail eje@tre-pe.jus.br , ou pelos telefones 3194-9554/9444 e ainda pelo WhatsApp (081) 98237-9283.


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