Sobre as novas variantes do coronavírus-19. O que nos espera?

Médico do TRE-PE, Dr. Alfredo Leite dá orientações aos servidores sobre as variantes do novo coronavírus.

Covid-19 - Coronavírus

Como se não bastasse tudo o que já passamos, eis que surgem novas variantes do coronavírus. Já em março de 2020, o vírus originalmente descoberto em Wuhan tinha sofrido mutações, e uma variante chamada D614G passou a ser a dominante em vários continentes. Em agosto, foi identificada no Reino Unido uma nova variante. Mais recentemente, vem ganhando grande atenção uma outra, descoberta na África do Sul. Temos agora mais uma, identificada no Brasil. Por analogia com o vírus original, o esperado é que todas elas se alastrem, em maior ou menor medida, pelos vários continentes.

Os temores dos cientistas e de toda a sociedade devem-se à possibilidade de que tais variantes sejam ainda mais transmissíveis e causadoras de casos mais graves. Os estudos não permitem, até o momento, esclarecer essas importantes questões. Neste momento em que felizmente já dispomos de vacinas eficazes contra o coronavírus, a preocupação maior passa a ser se as novas variantes continuarão a ser preveníveis pelas vacinas atuais. Até agora, testes de laboratório foram realizados apenas com as vacinas de RNA mensageiro (dos fabricantes Pfizer e Moderna). Nesses testes, houve uma perda modesta de eficácia contra a variante britânica, e uma redução bem mais importante contra a variante da África do Sul. No entanto, os cientistas chamam a atenção para as limitações desses estudos: a imunidade gerada pelas vacinas é complexa, e a menor produção de anticorpos obtida em laboratório contra as novas variantes poderá não se reproduzir na observação in vivo. Ou seja, os estudos de vida real é que vão dizer se as vacinas são mesmo menos eficazes contra as novas variantes.

Não sabemos ainda como as vacinas de vírus inativados (como a Coronavac) vão se comportar nesse novo cenário. Em todo caso, os fabricantes já estão criando modificações em suas vacinas para fazer frente aos novos vírus. Na essência, isso não é muito diferente do que tem sido feito ao longo de décadas com o vírus da gripe – todos os anos a vacina que chega para nós é diferente da do ano anterior.

Como disse um importante especialista no assunto, “a descoberta dessas variantes não modifica as recomendações básicas para vacinação”. Em outras palavras: chegando a sua vez, vacine-se. E faça o máximo que puder para que todos os seus familiares e amigos se vacinem também.

Por Dr. Alfredo Leite

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