Apesar de haver uma antiga movimentação em defesa do voto feminino já no século XIX, foi somente no ano de 1932, a partir da edição do Código Eleitoral, que o direito feminino ao voto foi instituído e concretizado nas eleições do ano seguinte. A participação política das mulheres, hoje em dia, não se restringe à capacidade eleitoral ativa (direito de votar). Mais além, a participação feminina na política diz respeito, hoje, a uma atuação ampla, que abarca todos os âmbitos da vida em sociedade.

Atualmente as mulheres ocupam um lugar expressivo no cenário político nacional, compondo o maior percentual do eleitorado brasileiro (52,5%). Um reflexo dessa representatividade, no Estado de Pernambuco, se deu nas eleições municipais de 2020, onde o número de mulheres na disputa ao cargo de Chefe do Poder Executivo da Cidade do Recife contou com um acréscimo substancial. Houve um incremento médio na ordem de 27%, se comparado com as eleições de 2016.

Avançando, atualmente, além das regras de representação, que exige uma divisão proporcional de um mínimo de 30% e um máximo de 70% de candidaturas para cada sexo, a legislação passa a determinar, também, a reserva e direcionamento de 30% dos valores referentes ao fundo especial de financiamento de campanhas às campanhas eleitorais relativas a candidaturas femininas.

Os avanços são visíveis, assim como a necessidade de progredirmos ainda mais, como nos orienta a Constituição da República e enquanto uma sociedade plural e sem preconceitos.

O presidente do Tribunal Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), desembargador Frederico Neves, enviou, nesta data tão importante, uma mensagem às mulheres. "No Dia Internacional da Mulher, ao tempo em que cumprimento as Juízas  e Servidoras do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE),  rememoro a imperiosa necessidade de serem cultivados, no seio da sociedade, os valores supremos da igualdade e da liberdade".