COVID – o epílogo da pandemia

Unidade de saúde do TRE-PE traz orientações sobre a “síndrome pós-COVID

Arte COVID-19 - Coronavírus

“E aí, doutor, acabou mesmo a COVID?” Infelizmente, ainda não dá pra dizer isso…

Depois do sufoco enorme que passamos, o fato de termos poucas notícias de hospitalizações pela doença pode dar a falsa ideia de que o vírus desapareceu. Mas, apesar de ter diminuído muito, a transmissão ainda ocorre. Só que, felizmente, os vacinados em geral desenvolvem quadros leves ou mesmo não apresentam sintomas. No entanto, se o SARS-COV-2 chegar a algum incauto não imunizado, pode levá-lo à UTI, exatamente como vinha acontecendo antes. A vacinação em Pernambuco ultrapassou em 18/10/21 a marca de 54% de totalmente vacinados entre os maiores de 12 anos. Já não estamos tão distantes dos 70% tidos como necessários para a chamada “imunidade de rebanho” ser atingida.

Por outro lado, estamos lidando cada vez mais com sintomas persistentes após a COVID – a chamada “COVID longa”, ou “síndrome pós-COVID”. Já se sabe há décadas que os sobreviventes de doenças agudas graves, com permanência prolongada em UTIs, podem sofrer de uma série de problemas que duram meses e podem se tornar crônicos. Com a ida de uma verdadeira multidão de doentes de COVID-19 para a terapia intensiva nesta pandemia, não é surpresa que tal fato esteja sendo vivenciado por muitas famílias. A novidade é que mesmo pessoas que tiveram formas relativamente leves da virose, não chegando a ser internadas, têm apresentado sintomas persistentes por semanas ou mesmo vários meses.

Chamamos de COVID longa a permanência de queixas por mais de 3 semanas após o início do quadro agudo. Estima-se hoje que cerca de um terço das pessoas continue com pelo menos um sintoma da doença após 2 meses do seu início. Acontece mais frequentemente em mulheres (2 vezes mais que nos homens), em pessoas com mais de 40 anos e naquelas que têm doenças crônicas. As manifestações são bem variadas: a fadiga e a cefaleia são os sintomas mais comuns, seguidos por falta de ar (dispneia), tosse e dor torácica. Queda de cabelos e persistência das anormalidades do olfato e do paladar também ocorrem. Chamam a atenção alterações mentais, como distúrbios da atenção, esquecimento e má concentração. E há ainda os quadros psiquiátricos, como ansiedade, insônia e depressão.

Não sabemos ainda com precisão por que a COVID longa se desenvolve em algumas pessoas e não em outras. Pode ser pela persistência da resposta inflamatória desencadeada na fase inicial da virose ou pela intensidade dos danos orgânicos iniciais. Provavelmente também há influência de fatores emocionais, como resultado do isolamento imposto aos doentes e da chamada síndrome de estresse pós-traumático, resultante da experiência de ter uma doença potencialmente fatal.

Estamos aprendendo a lidar com a COVID longa, e esperamos trazer boas respostas para essas questões no futuro próximo.

E, para não perder a oportunidade, segue aqui o nosso mantra de sempre: se você quer evitar a COVID aguda, a COVID longa e todas as suas mazelas, não adianta usar remédio ineficaz, banho de sal grosso nem fitinha do Senhor do Bonfim. Vacine-se e convença os hesitantes a se vacinarem também!

Texto: Dr. Alfredo Leite

 

icone mapa

Endereço:

Av. Governador Agamenon Magalhães, nº 1.160, Derby, Recife-PE - CEP 52010-904 - Brasil

Telefones:

+55 81 3194-9200 (PABX)

+55 81 3194-9400 (Disque Eleitor)

Horário de funcionamento:

Segunda a sexta-feira, das 8h às 14h

Endereços eletrônicos:

ouvidoria@tre-pe.jus.br

protocolo@tre-pe.jus.br (expedientes administrativos)

Acesso rápido