Pessoa com Síndrome de Down pode votar? Pode, sim! É um direito

Conheça o exemplo de Bruno Ribeiro, eleitor desde os 16 anos

Conheça o exemplo de Bruno Ribeiro, eleitor desde os 16 anos

O Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, é uma data de conscientização para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas. É oficialmente reconhecida pelas Nações Unidas desde 2012. A data escolhida representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.

Uma das principais formas de inclusão para este público é garantir o pleno exercício da cidadania e dos seus direitos fundamentais, entre eles o direito de votar. Mas, afinal, uma pessoa com Síndrome de Down pode se alistar como eleitor/a e votar? A resposta é sim.

A chefe da Central de Atendimento ao Eleitor do Recife, Marta Vaz, explica que, como regra, o eleitor ou eleitora só estará dispensado da sua inscrição eleitoral se houver o laudo médico atestando uma impossibilidade para o pleno exercício do direito de votar. Então a pessoa com a síndrome pode votar, desde que não tenha uma impossibilidade atestada em laudo médico, procedimento que vale para todos os cidadãos.

Neste contexto, quem nos dá um belo exemplo de superação e de cidadania é Bruno Ribeiro. Natural do Recife, ele tem 30 anos e é graduado em turismo - foi o primeiro turismólogo com Síndrome de Down do país. Ele é servidor da Empresa de Turismo de Pernambuco, um militante na causa inclusiva, autodefensor nacional e regional Nordeste da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, fotógrafo e palestrante.

Aos 16 anos, Bruno tirou o primeiro título e começou a exercer o direito de votar. A cada eleição, pesquisa, acompanha os debates, a propaganda dos candidatos, para então fazer a escolha daqueles que avalia como os melhores.

ENTENDA

A Síndrome de Down não é uma doença e, sim, uma condição genética inerente à pessoa, porém, está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança.

Existe um conjunto de alterações associadas à síndrome que exigem especial atenção e necessitam de exames específicos para sua identificação, são elas: cardiopatia congênitas, alterações oftalmológicas, auditivas, do sistema digestório, endocrinológica, do aparelho locomotor, neurológicas, hematológicas e ortodônticas. Estudos nacionais revelam também, alta prevalência de doença celíaca (5,6%) em crianças com SD, que em caso de suspeita devem ser acompanhados por especialistas.

Não há relação entre as características físicas e um maior ou menor comprometimento intelectual – o desenvolvimento dos indivíduos está intimamente relacionado aos estímulos e aos incentivos que recebem, sobretudo nos primeiros anos de vida, e a carga genética herdada de seus pais, como qualquer pessoa.

TRISSOMIA 21

Em cada célula do indivíduo existe um total de 46 cromossomos, divididos em 23 pares. A Síndrome de Down é gerada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo (trissomia). Isso ocorre no momento da concepção de uma criança.

As pessoas com trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.

Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde.

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