Magistrados e servidores representam o TRE-PE no 19º Encontro Nacional do Judiciário
No evento, TRE-PE foi reconhecido com o Selo Diamante do CNJ

Integrantes e servidores do TRE Pernambuco representaram a instituiçãono 19º Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Florianópolis (SC), onde o Tribunal foi premiado com o Selo Diamante do Prêmio CNJ de Qualidade 2025 — distinção máxima que valoriza práticas de excelência, eficiência e governança nos tribunais. Realizado nos dias 1 e 2 de dezembro de 2025, o evento reuniu mais de 900 participantes de todo o país.
A delegação do TRE-PE contou com as presenças do presidente, desembargador Fernando Cerqueira; do vice-presidente e corregedor em exercício, desembargador Paulo Augusto de Freitas; do diretor da Escola Judiciária Eleitoral e ex-presidente do Tribunal, desembargador Cândido Saraiva; do desembargador eleitoral Breno Duarte, que coordenou o grupo de monitoramento das metas do prêmio CNJ; da juíza auxiliar da Presidência, Michelle Chagas; do diretor-geral, Orson Lemos; do secretário Judiciário, Cícero Barreto; da secretária da Corregedoria, Veruska Schettini; da assessora-chefe da Presidência, Flávia Cintra Cunha; do assessor de Planejamento, Acácio Leite; e da assessora de acompanhamento de metas, Laís Ramos.

No evento, o Tribunal foi reconhecido com o grau Diamante na categoria Tribunal Eleitoral de Médio Porte, ao lado do TRE do Maranhão. Foi a quarta vez que o Tribunal recebeu a mais elevada premiação. Nos anos de 2019, 2020 e 2021, o TRE-PE também conquistou o Diamante, sendo que em 2019 também foi condecorado como o melhor Tribunal do país entre os eleitorais.
Metas

Durante o encontro, que debateu produtividade, inovação e os rumos do Judiciário brasileiro, foram apresentados resultados institucionais e metas para 2026. O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, destacou, no fechamento do evento, que o Judiciário cumpre sua missão ao julgar mais processos do que recebe e alcança índices acima do previsto nas metas nacionais estabelecidas para a otimização da Justiça a cada ano.
O ministro ressaltou ainda que a magistratura deveria renovar o senso de responsabilidade, com um trabalho consistente e propósito comum. “Avançaremos ainda mais na construção de uma Justiça que corresponda às demandas da sociedade brasileira”, afirmou.
Quanto às dificuldades que o Judiciário deve enfrentar, Fachin apontou a violência como uma delas. Ao se lembrar do caso da professora Catarina Kasten, assassinada em novembro na capital catarinense, ele disse que a violência é uma derrota da civilização. “Cada feminicídio é uma derrota coletiva. Vamos fazer a parte que nos toca. Sem receio e sem titubeio. Por Catarina e por todas, em todos os lugares”.
Judicialização

No encerramento, o corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, também ressaltou o volume de processos no Judiciário brasileiro. “São atualmente 84 milhões de processos em tramitação, conduzidos por pouco mais de 18 mil juízes. Isso significa que cada magistrado brasileiro administra, em média, mais de quatro mil processos”. Para ele, esse montante mostra o acesso à Justiça aos cidadãos e às cidadãs.
Campbell disse que o Judiciário enfrentará novos tipos de litigiosidade de massa, com dados em escala e novas tecnologias. “Que reafirmemos a independência judicial em um mundo onde a desinformação desafia as instituições diariamente”.
O corregedor lembrou ainda a consolidação de políticas de justiça climática, de inclusão democrática, de acesso efetivo e de proteção dos direitos coletivos e difusos. “O futuro já começou, e o papel do Judiciário, em especial do CNJ, será decisivo para garantir que avanços tecnológicos se traduzam em avanços civilizatórios, e não em novos abismos”, afirmou.
O 20º Encontro Nacional do Poder Judiciário será realizado nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro de 2026, em Fortaleza (CE).



