O Centro de Memória da Justiça Eleitoral de Pernambuco (CEMEL) recebeu, na última quinta (24), as audiodescritoras Laís Castro e Fátima Rocha. A visita teve o objetivo de averiguar previamente o local, a fim de apurar informações iniciais acerca das imagens, objetos, dimensões e cores do ambiente, além de fazer um levantamento sobre os demais elementos necessários para a realização da audiodescrição (AD).

A AD é uma técnica de tradução de imagens estáticas ou dinâmicas que possibilita uma pessoa cega ou de baixa visão perceber estímulos visuais, comumente através de uma fonte sonora. Pode ser definida como um recurso de tecnologia assistiva (TA), cujo intuito é quebrar barreiras sensoriais, motoras ou cognitivas que reduzem ou limitam o acesso ao conhecimento. “A audiodescrição tem três '‘c’' e um '‘v’'. Deve ser clara, correta, concisa e vívida. Tem a missão de fazer a pessoa com deficiência visual enxergar”, explicou Lais Castro.

O CEMEL, que desde o início foi pensado para ser um espaço inclusivo, desde seu projeto luminotécnico (iluminação pensada para os autistas), cores e posicionamento de objetos (permitindo o fluxo de cadeirantes e pessoas com necessidades especiais transitórias ou permanentes) de maneira adequada, está se preparando para, em breve, também atender as pessoas com deficiência visual da melhor forma possível.