Discriminação e assédio no trabalho são temas de roda de diálogo na Central de Atendimento do TRE-PE no Recife

“De Mãos Dadas” é um projeto piloto fruto de parceria entre Corregedoria e Comissão de Enfrentamento ao Assédio do Tribunal

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O TRE Pernambuco promoveu, na quarta-feira (24), uma roda de conversa com servidoras, magistradas e terceirizadas sobre discriminação e assédios moral e sexual no ambiente de trabalho. O evento chamado “De Mãos Dadas", que é fruto de uma parceria entre Corregedoria e Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio da Instituição,  ocorreu na Central de Atendimento ao Eleitor do Recife.

O projeto piloto “De Mãos Dadas”, idealizado pela Corregedoria do TRE-PE em conformidade com diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem como objetivo oferecer suporte e acolhimento a servidoras, colaboradoras e magistradas, combatendo práticas de discriminação, assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. 

A iniciativa visa promover encontros nas unidades do TRE-PE com maior concentração de servidoras, levando palestras sobre o tema e roda de conversa. O primeiro encontro ocorreu no Recife e outros estão programados para cidades da Região Metropolitana e interior.

“Fico muito feliz em ter participado do planejamento desse projeto e por poder executá-lo na Central de Atendimento ao Eleitor do Recife, aos 11 cartórios eleitorais do Recife, como também para as colaboradoras terceirizadas, um grupo grande de mulheres que, por vezes, se calam a certas situações. Trouxemos a iniciativa para elas entenderem que não podem ficar caladas diante dessas situações”, destacou a secretária da Corregedoria, Veruska Schettini. Ela ressaltou também a importância da Corregedoria estar mais presente no apoio a eventuais vítimas de assédio e discriminação.

Palestras

A psicóloga e integrante da Comissão de Enfrentamento ao Assédio do TRE-PE, Alzira do Vale, deu início à roda de diálogo. Em sua exposição, Alzira abordou o posicionamento institucional contra o assédio, os canais de denúncia e a importância de um ambiente profissional seguro e respeitoso. Ela também tratou sobre a relação que existe entre machismo e assédio nos espaços de trabalho e ressaltou a importância da educação familiar. 

Em seguida, Laís Ramos Calado, assessora de acompanhamento de metas da Corregedoria, idealizadora do projeto, falou sobre o planejamento para os próximos encontros. “Começamos pela equipe aqui da Central de Atendimento e vamos para as demais. O futuro do projeto é ir para os demais polos do TRE-PE no Estado. Estamos estudando a possibilidade de ir para polos como o de Olinda, de Jaboatão, cartórios do Sertão, a fim de avançar com essa iniciativa”, concluiu. 

Por fim, a Juíza Nicole de Farias, presidente da Comissão de 1º grau, falou sobre as diversas formas de assédio que as mulheres podem ser vítimas e ressaltou o compromisso da Comissão no enfrentamento ao assédio e a discriminação, bem como de, através de sua integrantes, se fazer presente nesses momentos. “Em momentos como esse damos rosto à Comissão, trazemos ela para mais próximo das pessoas”, destacou. 

Dados

Dados do CNJ revelam que o assédio é um tema recorrente nas causas apresentadas ao Judiciário. Entre 2020 e 2023, a Justiça do Trabalho, em todas as suas esferas, analisou 419.342 processos relacionados a assédio moral e assédio sexual - 72,1% dessas ações sobre assédio sexual julgadas foram ajuizadas por mulheres.

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