Servidor do TRE-PE e professor de Pernambuco participam do Teste Público da Urna

Durante uma semana, a urna foi submetida a simulações de hackers para validação de sua segurança

Durante uma semana, a urna foi submetida a simulações de hackers para validação de sua segurança
Mlexener Ribeiro (esq.) atuou dando suporte técnico aos investigadores durante os cinco dias do evento

Com informações do TSE

Profissionais e pesquisadores da área de Tecnologia da Informação passaram a primeira semana de dezembro reunidos na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, para a 8ª edição do Teste Público da Urna (TPU) - testes de confiabilidade nos softwares usados para captação e contagem dos votos nas urnas eletrônicas. Para participar, os interessados precisaram submeter ao TSE seus planos de testes, que após uma análise, reúne os selecionados para aplicá-los, verificando se há ou não falhas a serem corrigidas.

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Um servidor do TRE-PE e um professor do Estado participaram do evento durante os cinco dias. O coordenador de sistemas da Secretaria de Tecnologia da Informação (STIC), Mlexener Ribeiro, atuou dando suporte técnico aos investigadores durante os cinco dias do evento.

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E o professor carioca, radicado em Pernambuco, Victor Guia, participou como investigador, apresentando ao TSE três propostas para testar a vulnerabilidade do sistema: uma com o uso de um hardware, usando um dispositivo semelhante ao popular “chupa-cabra” para tentar roubar os dados inseridos na urna; a outra proposta se referia à possibilidade de cruzar as informações da entrada de voto e do eleitor, conseguindo atribuir como foi o voto de cada um; a terceira tentou quebrar o sigilo do sistema JE Connect, usado para a transmissão de dados entre os Tribunais Regionais e o TSE.

Victor Guia informa que é a segunda vez que participa do teste. Para ele, que é professor de Gestão de Projeto de Teste de Software, é uma oportunidade de fazer pesquisa científica sobre o tema. “Também tem a consciência. Mais do que confiar, a gente está aqui para saber que o sistema é seguro e confiável”, afirma. 

O professor lembra que a urna eletrônica faz parte do processo democrático, submetida a normas legais, porém é um artefato digital.  “É comum as empresas de software, de várias marcas se abrirem à auditoria externa, em todas as áreas”, completa.

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A participação de Mlexener no evento se deu em função do grande número de planos e investigadores envolvidos na 8ª edição do TPU. “O TSE estabeleceu convênio com a USP (Universidade de São Paulo), bem como solicitou a colaboração de técnicos e analistas de TIC dos TREs, a fim de oferecer suporte técnico aos investigadores durante os cinco dias do evento”, explicou.

O trabalho dele consistia em acompanhar a execução de cada plano executado por investigadores individuais ou grupo de investigadores; atuar como elo entre os investigadores e a comissão reguladora do TPU, viabilizando fornecimento de recursos (equipamentos, materiais, esclarecimentos de funcionamento dos sistemas) solicitados pelos investigadores;
tomar nota de qualquer tentativa de ataque bem-sucedido, de forma a viabilizar correções e melhorias; acompanhar os investigadores nas inspeções dos códigos-fonte, a fim de evitar vazamentos não autorizados de ativos de propriedade intelectual da União; e relatar diariamente à comissão reguladora do TPU o andamento da execução de cada plano de trabalho.

“É muito gratificante participar de um evento dessa magnitude, ajudando e contribuindo para o fortalecimento da segurança e transparência do processo eletrônico de votação do Brasil, um dos mais seguros de todo o planeta”, completou.

Rotina de testes

O TSE iniciou na segunda-feira (1º) a etapa prática do Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais, ou Teste da Urna 2025: a execução dos 35 planos de testes que verificam a segurança dos sistemas que serão utilizados nas Eleições Gerais de 2026. Nesta fase, 15 grupos, compostos de 27 investigadoras e investigadores, participam, no laboratório de tecnologia montado no TSE, da simulação de ataques reais para verificar a segurança e a resiliência dos sistemas de votação, apuração e totalização. 

O TPU está na 8ª edição. Desde a sua criação, já foram realizados sete eventos (2009, 2012, 2016, 2017, 2019, 2021 e 2023). O Teste da Urna integra o Ciclo de Transparência Democrática e ocorre, em regra, no ano anterior às eleições.

Sucesso


Na avaliação do coordenador de Infraestrutura de Tecnologia da Informação (Coinf) do TSE e membro da comissão reguladora do evento, Cristiano Moreira Andrade, a semana foi bem-sucedida, tanto pela robustez do sistema eleitoral quanto pela aproximação com a comunidade. Ele destaca que os participantes puderam comprovar a solidez da urna eletrônica e dos sistemas que a acompanham. Como integrante da comissão desde o primeiro Teste Público da Urna, ele observa que o perfil do público mudou ao longo do tempo.

“No início, participaram principalmente pessoas ligadas a partidos políticos. Em seguida, o interesse passou a vir de empresas. Atualmente, predominam participantes da sociedade, do meio acadêmico e estudantes que buscam entender como a urna eletrônica e os sistemas eleitorais funcionam, quais são as barreiras de segurança e se é possível superá-las”, afirmou Cristiano Moreira Andrade.

Cristiano Andrade relata que ninguém conseguiu identificar falhas críticas, mas houve sugestões de melhoria e aprimoramento, que serão analisadas com atenção pelo Tribunal Superior Eleitoral e poderão ser implementadas em novos aprimoramentos.

Teste de Confirmação

O Teste de Confirmação será realizado em maio de 2026, ocasião em que os participantes da primeira etapa do Teste voltarão ao Tribunal para verificar se os aprimoramentos feitos pela equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE foram suficientemente robustos para barrar as investidas.

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