Muito se fala sobre cidadania e responsabilidade social. Mas, afinal, o que é ser cidadão? Tecnicamente cidadão é aquele que possui o alistamento eleitoral - porque uma pessoa começa a participar efetivamente das decisões políticas do país quando possui direito ao voto. No entanto, consideradas as constantes mudanças sociais e os esforços na busca por igualdade, hoje ser cidadão é muito mais do que poder votar e ser votado.

Em primeiro lugar, ter consciência dos seus direitos, mas não deixar de respeitar os seus deveres, é fundamental para que a vida em sociedade seja harmônica. Se eu sou um bom cidadão, sei que tenho direito a minha liberdade, mas, também devo saber que não posso utilizar a minha liberdade para invadir o espaço do outro ou perturbar sua paz. Estar consciente das suas responsabilidades e deveres enquanto parte do grande complexo que é a sociedade é o mais puro exercício da cidadania. 

Depois, votar é uma importante forma de defender a democracia, contudo a participação do eleitor/cidadão não deve se encerrar por aí. Além de votar, aquele que pretende exercer sua cidadania tem várias possibilidades: participando das sessões legislativas, acompanhando os portais de transparência dos órgãos do governo, praticando ações ativistas, tendo aplicativos que permitem ficar de olho nos gastos públicos e utilizando a ouvidoria pública para registrar suas queixas. Aliás, esse último ponto merece especial atenção. Por meio da Ouvidoria, que é um setor presente em todas as instituições públicas, o cidadão poderá enviar denúncias e sugerir melhorias para a administração dos órgãos e entidades que compõem o Estado. Mais uma forma de exercer a cidadania e ter um papel ativo no quesito "responsabilidade social".

Enfim é possível compreender que a cidadania não é só mais um conceito que a gente ouve falar, mas não sabe como funciona na prática. Diariamente somos postos em situações que exigem de nós atitudes cidadãs. Para se ter uma ideia, até levantar da cadeira para um idoso sentar é, essencialmente, um ato político e cidadão. Defender o bom convívio social tem a ver com respeitar os direitos do outro, mas, também, tem a ver com não abdicar do seu direito de participação. Então fale, ouça, sugira, elogie, denuncie, aconselhe e principalmente, aja. Seja, finalmente, cidadão.