Respeitar o diferente é mais do que não discriminar. É respeitar os assentos e espaços reservados, é defender que todas as necessidades de locomoção sejam atendidas, é tentar ampliar a convivência entre diferentes grupos e promover ações que permitam que cada um se desenvolva dentro das suas condições... Além de enxergar que cada ser humano já vem dotado de capacidades que o tornam singular e, independentemente da sua forma física ou condição mental, especial.

O Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência existe com dois grandes propósitos: destacar a importância da luta por direitos iguais e enaltecer as transformações positivas resultantes do comportamento inclusivo.

Em um passado não tão distante as pessoas com deficiência (PCD) eram vistas como incapazes, definição fundada no preconceito com o diferente. Hoje, depois de muita luta e insistentes reivindicações, a PCD finalmente é reconhecida como uma pessoa, não como uma deficiente, avanço que foi legitimado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência. Mas, ainda há muito a ser feito.

Desconstruir preconceitos internamente é fundamental para que possamos enxergar a PCD como parte do complexo social, reconhecendo as suas necessidades e aprendendo a respeitá-la, afinal todos nós temos necessidades, apenas o tipo que varia. Enquanto você precisa do semáforo com a luz vermelha para atravessar a rua, a pessoa com deficiência visual precisa de um sinal sonoro indicando o momento certo de atravessar. Se houver, no fim das contas, os dois atravessam. Ou seja, a deficiência não está propriamente na pessoa, mas nas barreiras que ela encontra e que a impedem de fruir da sua liberdade em condições de igualdade com as demais pessoas. 

A reflexão do dia é para que possamos atuar conjuntamente na eliminação dessas barreiras e promover, dessa forma, condições de vida adequadas para todas as pessoas.