TRE-PE realiza auditoria de urnas também para o 2º turno
Cerimônia pública tem o objetivo de mostrar a todos o caráter transparente e, principalmente, a lisura do processo eleitoral. Sorteio das urnas que serão auditadas acontece na véspera da eleição
A exemplo do que aconteceu no primeiro turno, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) volta a realizar a chamada Auditoria da Votação Eletrônica. Antes chamada “Votação Paralela”, a auditoria tem objetivo de mostrar a lisura do processo eleitoral.
No próximo dia 28/11, das 9h as 12h, na sala de sessões da sede do TRE-PE (av. Agamenon Magalhães, 1160), véspera da eleição do segundo turno no Recife e em Paulista, seis das 3.409 urnas (2.863 do Recife e 546 de Paulista) que serão usadas nas duas cidades serão sorteadas.
A cerimônia de sorteio é pública e várias instituições, como Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), partidos políticos e imprensa são convidados. Auditores externos também acompanham o processo.
Das seis urnas sorteadas, as três primeiras são para auditoria de funcionamento em condições normais de uso para o ambiente monitorado. Pelo menos uma dessas três tem que ser da capital.
Em que consiste isso? Numa sala com câmeras de vídeo e microfones, as urnas serão operadas por servidores que vão digitar nelas os votos coletados previamente em urnas de lona. Nas três urnas de lona estão votos depositados por estagiários do TRE. Uma por uma, as urnas de lona são abertas. O servidor mostra a cédula para a câmera e digita aquele voto na respectiva urna eletrônica. Ao final do processo, os votos registrados nas urnas eletrônicas devem coincidir com os resultados das urnas de lona. A auditoria vai acontecer no domingo de eleição (29/11) na Escola Judiciária Eleitoral (EJE), na antiga sede do TRE-PE (Av. Rui Barbosa, 320).
Já as outras três urnas serão submetidas à chamada Verificação de Autenticidade e Integridade dos Sistemas Instalados na Urna Eletrônica. Em outras palavras, significa dizer que o juiz eleitoral da seção sorteada abre a urna, retira a mídia e insere uma mídia de verificação. Essas três urnas não saem de seu local de votação. O procedimento é feito na própria seção.
Imediatamente após a realização do sorteio, a presidente da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica, a juíza Paula Malta, comunicará o resultado ao juiz eleitoral da zona correspondente a cada seção sorteada.
Ao final do dia, os boletins das urnas auditadas deverão coincidir com os boletins emitidos pelo sistema paralelo dos computadores a elas vinculados.
Todos os procedimentos serão filmados por uma empresa contratada pelo TRE-PE, e passarão por auditoria externa de outra empresa contratada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois de finalizada a apuração, é feita a comparação do resultado da votação revelado pelo participante com o resultado registrado no Boletim de Urna.
Ao final do evento, os auditores emitem relatórios sobre a operação. Esses documentos deverão conter o resultado da contagem independentemente do número de votos, realizada manualmente pelo fiscal, além da descrição de qualquer evento inusual ocorrido entre o início da votação e a impressão final do boletim de urna. Os relatórios serão disponibilizados na seção eleitoral auditada.