Os cuidados durante a segunda onda de Covid-19
Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Saúde, o médico do TRE-PE, Dr. Alfredo Leite, avalia as medidas de segurança e os avanços no combate ao vírus.

Pelo segundo ano consecutivo o Dia Mundial da Saúde chega em meio à pandemia da Covid-19, ganhando ainda mais importância pelo avanço da segunda onda de infecções em diversos países, dentre eles, o Brasil. A data também lança luz sobre a necessidade de manter os cuidados e medidas de prevenção diante dos maiores índices de contaminação na presença de novas variantes do vírus circulando em território nacional.
No mesmo dia em que foi celebrada a data, na quarta-feira (7), mais 2.965 casos de Covid-19 e 62 mortes de pacientes que estavam com a doença foram relatados. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), desde março de 2020, quando foram confirmados os primeiros casos, o estado totalizou 361.470 pessoas infectadas e 12.541 óbitos. Até então, Pernambuco aplicou 1.254.562 doses da vacina contra a Covid-19, das quais 977.207 foram primeiras doses e 277.355 foram segundas doses
Na visão do médico pneumologista da Coordenadoria de Atenção à Saúde (CAS) do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), Dr. Alfredo Leite, um dos grandes entraves na tentativa de frear os índices de contaminação é o cumprimento efetivo das medidas de distanciamento. “Isso é algo que passa por questões sociológicas, psicológicas do indivíduo e da coletividade, mas o fato é que pelo menos no nosso país, em geral e na nossa região em particular, o cumprimento dessas regras é vexatoriamente baixo e insuficiente”.
Além disso, o médico também pontua o obstáculo do “gargalo do fornecimento das vacinas” que, em si, são extremamente úteis, como exemplos na vida real têm sido mostrados entre países que estão observando decréscimos em suas curvas de morte e adoecimento grave por Covid aplicando a vacinação em massa de suas populações, mas que, no Brasil, devido a problemas políticos e logísticos nesta questão, o país está padecendo.
Apesar da vacinação já estar em andamento, os estados ainda encaram impasses para acelerar o ritmo de suas campanhas pela falta de insumos. No entanto, é importante destacar os avanços que puderam ser obtidos do ano passado para cá. De acordo com Dr. Alfredo Leite, além da criação em tempo recorde das vacinas, um dos pontos positivos é a comprovação científica do que funciona e do que não funciona durante o tratamento da doença. "Hoje nós sabemos que vários medicamentos que foram propostos para tratamento de Covid no início da pandemia não funcionam. Nominalmente: Hidroxicloroquina, Cloroquina, Azitromicina, Ivermectina, Zinco, Vitamina D, Vitamina C. Sabemos então que esses medicamentos não têm utilidade e potencialmente são causadores de efeitos colaterais"
O médico ainda dá o recado final com a frase da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Na semana do dia mundial da saúde, a mensagem principal é que: nenhum de nós estará seguro até que todos estejam seguros. ” Segundo Dr. Alfredo, “um país com um índice baixo de vacinação funciona como um verdadeiro criadouro de novas variantes do vírus. Ou acontece um esforço coordenado e duro da comunidade internacional ou nós vamos continuar padecendo dessa pandemia. ”