EJE aprofunda o debate sobre mulher, política, justiça e cidadania

Evento promovido pela Escola Judiciária Eleitoral discute a necessidade de haver ações concretas para reduzir e acabar com a desigualdade entre os gêneros

EJE aprofunda o debate sobre mulher, política, justiça e cidadania

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) realizou hoje (9/03) o evento Mulher, Política Justiça e Cidadania: A mulher na sociedade brasileira, promovido pela Escola Judiciária Eleitoral (EJE) em homenagem ao Mês Internacional da Mulher. O seminário está em sua segunda edição e tem como objetivo abrir um debate mais aprofundado sobre o papel e participação da mulher na sociedade para relembrar a luta pela igualdade, liberdade e respeito.

O diretor da EJE, desembargador eleitoral substituto Delmiro Campos, falou sobre a importância do evento. “O objetivo do evento é sedimentar na própria Escola Judiciária a importância de termos um calendário fixo de enaltecimento, incentivo e fomento ao debate da maior participação da mulher tanto no campo da política quanto no campo social e jurídico.”

O debate começou às 9h30. Compondo a mesa, estavam o presidente do TRE-PE, Luiz Carlos Figueirêdo; a diretora-geral do Tribunal, Isabela Landim; a desembargadora eleitoral substituta Karina Aragão, o próprio Delmiro Campos e a mediadora do evento, a presidente da Comissão da Mulher na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Pernambuco, Ana Luiza Mousinho.

O presidente do TRE-PE fez a abertura do evento com um discurso de enaltecimento do papel da mulher na sociedade, destacou as servidoras da Justiça Eleitoral e aproveitou a oportunidade para homenagear a sua esposa, Tereza Figueirêdo. Durante o evento, a EJE também homenageou as servidoras Carmem Lúcia Freitas de Oliveira e Bernadette Cavalvanti Carvalho. Ambas receberam um certificado por serem mulheres que fazem a diferença.

Logo em seguida, teve início o painel Mulher e Sociedade, que contou novamente com a mediadora Ana Luiza Mousinho, a coordenadora de mesa e desembargadora do TRE-PE Karina Aragão e as debatedoras Maria Lúcia Barbosa, professora e doutora em Direito pela UFPE, e Andréa Cirino Barbosa, servidora do TRE-PE. 

Maria Lúcia foi a primeira a falar, destacando a importância do reconhecimento da mulher no campo político e científico, discorreu sobre a desigualdade gigante entre os gêneros e da injustiça que ainda acomete as mulheres, sobretudo as negras, pobres e transexuais. Já Andréa Cirino deu enfoque à inclusão social, compartilhando sua experiência como mulher deficiente e ressaltando que a inclusão social de pessoas com deficiência ainda é algo que necessita ser debatido.

O evento contou com a participação de diversas pessoas, inclusive de fora do estado. Ana Cristina Borges Landau é servidora da EJE do TRE-MG, do setor de pesquisa e cidadania. Para ela, o debate é de extrema importância e a troca de experiências entre Escolas Judiciárias é essencial. “Nós também temos bastante interesse nessas questões do feminismo. Faremos um evento no final do mês no TRE-MG. Então nós pensamos nessa questão de ter mais interação com outras escolas e pessoalmente eu também tenho muito interesse no assunto. O evento está sendo bastante interessante, as palestrantes são muito preparadas e eu estou gostando bastante de estar aqui”.

Tarde 

Após intervalo para o almoço, o evento teve mais dois painéis durante a tarde. O primeiro, iniciou as 13h30 e teve como tema principal Mulher e Política. Coordenando a mesa estava a desembargadora substituta do TRE-PE Fernanda Menezes; como mediadora, a doutora pela UFRPE Ana Carolina Amaral de Pontes e, debatendo sobre o assunto, estavam a prefeita de São Bento do Una, Débora Almeida; a prefeita de Lagoa do Carro, Judite Botafogo, e a deputada estadual Simone Santana.

O último painel de debates se iniciou as 15h30, abordando o tópico Mulher e Justiça. Coordenando a mesa, estava a desembargadora do TRE-PE Érika Ferraz e, como mediador, o diretor da EJE-PE, Delmiro Campos. Participando do debate, estavam a servidora do TRE-PE Andréa Ribeiro de Gouvêa, a desembargadora do TRE-PA Célia Regina de Lima Pinheiro, desembargadora do TJ-PE Daisy Andrade, a ex-ministra do TSE Luciana Lóssio, a presidente da Academia Pernambucana de Letras (APL), Margarida Cantarelli, a advogada Marilda Silveira e a procuradora da República Polireda Madaly de Medeiros.

Lorena Junqueira Victorasso é juíza de Direito da 44ª Zona Eleitoral e veio participar do debate. Para ela, a discussão de temas feministas é muito importante, principalmente para fazer com que as mulheres despertem para os ciclos de violência e opressão vividos na sociedade atual, marcada pelo patriarcado. “Tivemos um debate excelente sobre essa questão da violência contra a mulher, sobretudo essa violência naturalizada por esse sistema. Foi um debate bastante rico porque várias pessoas tiveram a oportunidade de se pronunciar e foi um convite à reflexão de todos, já que muitas vezes a violência está tão naturalizada que nem mesmo a mulher percebe e sai perpetuando isso. Manter a mulher em uma posição mais frágil é base para que esse sistema se perpetue. Esse é um debate que precisa mesmo acontecer para que a mulher se perceba nesse ciclo e possa fazer alguma diferença”, completou.

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