Evento debate necessidade de ações concretas para reduzir a desigualdade de gênero nos campos político, social e jurídico

Evento Mulher, Política, Justiça e Cidadania, promovido pela Escola Judiciária Eleitoral do TRE-PE aconteceu nesta quinta-feira (28).

Evento Mulher, Política, Justiça e Cidadania acontece nesta quinta-feira (28)

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) realizou na última quinta-feira (28/03) o evento Mulher, Política Justiça e Cidadania: A mulher na sociedade brasileira, promovido pela Escola Judiciária Eleitoral (EJE) em homenagem ao Mês Internacional da Mulher. O seminário, que está em sua terceira edição, tratou sobre o papel e a participação da mulher na sociedade, destacando a sua luta pela igualdade, liberdade e respeito.

Primeiro Painel – Manhã

O primeiro painel teve como tema principal “Mulher e Cidadania" e foi aberto pela des. Karina Aragão, que também atuou como mediadora. Em seguida, Ana Cristina Vieira, assessora-chefe de planejamento do TRE-PE, abordou reflexões éticas em torno da governança corporativa enquanto importante instrumento de combate à fraude e à corrupção. Ela trouxe dados da transparência internacional, referentes à percepção de corrupção no setor público, dando destaque ao contexto brasileiro.

Logo após, Isabela Coutinho, médica ginecologista e obstetra e diretora executiva do Hospital da Mulher do Recife, mostrou um panorama sobre os desafios e ações enfrentadas em um hospital voltado ao atendimento às mulheres e os seus principais resultados, desde a implementação até os dias atuais, destacando a atuação dos profissionais com atenção à cidadania e inclusão social, respeitando a filosofia de humanização no que diz respeito ao atendimento naquela unidade de saúde. 

Por fim, a advogada Isabela Lessa, vice-diretora da Escola Superior de Advocacia de Pernambuco (ESA), falou sobre machismo como estrutura condicionante da sociedade. “O machismo é parte da cultura e educação desde a infância. Por este motivo, há a necessidade de políticas de afirmação específicas para as mulheres”, disse. Além disso, ela também abordou a evolução da legislação brasileira que permitiu, em uma sociedade machista, que as mulheres pudessem conquistar seus merecidos espaços.

Segundo Painel - Tarde

Quando se discute sobre a participação feminina nos campos político e jurídico, são dois os maiores questionamentos: qual o percentual de mulheres que efetivamente assume esses postos? E o que podemos fazer para que esse número, ao invés de diminuir, cresça cada vez mais? Foi em busca dessas respostas que a deputada estadual Simone Santana, a prefeita de Cumarú (PE), Mariana Mendes e as advogadas Iane Teves e Robeyoncé Lima se reuniram para abrir o primeiro bloco de discussões da tarde.

Em sua fala inicial Simone Santana lembrou que "a mulher sempre esteve na política, mas foi invisibilidade por muito tempo e isso pode ser evidenciado pelo número de mandatos femininos, que por anos esteve estagnado e apenas na última eleição (2018) passou de 51 para 77, correspondendo a 15% do Congresso Nacional". A deputada ainda afirmou que, apesar do avanço significativo e que é motivo de comemoração, muito ainda precisa ser feito para aumentar a pluralidade nos parlamentos do país.

O ex-ministro do TSE, Joelson Santana, afirmou que é preciso compreender que a inclusão da mulher não é só responsabilidade da mulher, mas de todos nós, em prol da democracia e do equilíbrio da sociedade.  

A competência feminina para assumir posições de destaque foi reforçada na fala da vice-presidente da OAB, Ingrid Zanella, que fez questão de deixar claro que as mulheres conhecem o seu potencial para realizar trabalhos com igual ou maior eficiência do que os profissionais do sexo oposto. A advogada defendeu, ainda, o tratamento justo e respeitoso às mulheres em seus ambientes de trabalho.

A desembargadora Érika Ferraz encerrou o evento destacando que "a maior reflexão desse dia deve ser sobre como podemos sair daqui e contribuir para que a mulher tenha acesso às posições relevantes no cenário decisório do país. Devemos sair conscientes de que a nossa contribuição, enquanto sociedade, é fundamental para que a participação da mulher tenha a sua importância cada vez mais reconhecida e valorizada".

Prêmio Mulheres Que Fazem a Diferença

Antes do início das apresentações, aconteceu a entrega do Prêmio Mulheres que Fazem a Diferença, que tem por premissa reconhecer e enaltecer servidoras que se destacaram e são exemplos de competência, ética e dedicação no âmbito do TRE-PE. A premiação está em a sua terceira edição e foi regulamentado por Resolução 315/2018.

Tradicionalmente a iniciativa homenageia duas mulheres, sendo uma escolhida por votação direta, com a participação de todos os servidores e servidoras, e a outra escolhida pela EJE em conjunto com o a Presidência do Tribunal. Desta vez, além de Marília Berquó, servidora com 30 anos de carreira pública e que foi escolhida por votação popular, também foram homenageadas a desembargadora Erika Ferraz e a diretora-geral Isabela Landim, que, com a excelência dos seus trabalhos, contribuem de maneira imensurável para o TRE-PE.

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