Assédio no serviço público foi tema de roda de conversa com servidores do TRE-PE

Evento lotou o plenário do edifício-sede, reunindo cerca de 100 servidores, que puderam tirar dúvidas sobre o tema

TRE-PE - Assédio no serviço público foi tema de roda de conversa com servidores

“Assédio no Serviço Público: Silêncios que Afetam, Condutas que Comprometem” foi o tema de uma roda de diálogo promovida, na manhã desta segunda-feira (26), pela Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual do 2º grau (CPEAMS) do TRE-PE. O evento lotou o plenário do edifício-sede, reunindo aproximadamente 100 servidoras e servidores, que puderam tirar dúvidas sobre o combate e a prevenção às práticas de assédio e discriminação no ambiente de trabalho. Além disso, contou com transmissão on-line, tendo sido acompanhado de forma remota por servidores dos cartórios eleitorais.

Com mediação da servidora e psicóloga Alzira do Vale, integrante da Comissão, o debate contou com as participações da promotora de justiça da Defesa da Cidadania da Capital e ouvidora do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Maria Lizandra Lira de Carvalho, e da médica do trabalho do TRE-PE, Carla Patrícia Félix Maciel. A ação fez parte das celebrações do mês de maio, dedicado à prevenção e ao enfrentamento do assédio moral, sexual e da discriminação, estabelecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“O TRE Pernambuco é uma família, é uma casa, mas nessa casa, às vezes, há problemas, por isso a importância de a Comissão de Assédio ter trazido uma palestra como essa para explicar e esclarecer que precisamos respeitar e tratar todos com igualdade”, afirmou o diretor-geral Orson Lemos, que ficou responsável pela abertura do encontro. “A palestra vem para dar os limites e nos orientar para podermos continuar a conviver bem como temos vivido nessa casa há tantos anos.”

Para a ouvidora do MPPE, Maria Lizandra Lira de Carvalho, a partir do momento que a instituição abre espaço para momentos de diálogo já está criando um ambiente de trabalho mais saudável. “Esse momento foi bastante enriquecedor. O TRE de Pernambuco está de parabéns pela iniciativa inclusiva, do ponto de vista de trazer para os servidores a discussão e incluí-los nesse debate, nessa troca de ideias”, avaliou a promotora, que durante sua participação abordou os tipos de assédio e os dispositivos legais de combate a essa prática.

TRE-PE - Assédio no serviço público foi tema de roda de conversa com servidores

Já a repercussão do assédio e da discriminação na saúde mental foi o enfoque trazido pela médica do TRE-PE, Carla Patrícia Félix Maciel, que chamou a atenção para o aumento alarmante nos casos de transtornos de ansiedade. “Então, parece que é natural se sentir ansioso, como se fosse comum, e, na verdade, não tem que ser assim. Temos que perceber como a ansiedade está atrapalhando nosso convívio, e sobretudo se está condicionada a situações de trabalho, porque pode ser sinal de que algo no trabalho está sendo gatilho. Na dúvida, é sempre bom tirar a dúvida com a Comissão e também procurar o setor de Saúde.”

Uma das servidoras presentes no evento foi Carla Andrade, da 117ª Zona Eleitoral, em Olinda, que considerou a conversa bastante esclarecedora. “Foi um momento excelente, onde os servidores e servidoras descobriram que se eles têm alguma ansiedade, alguma dificuldade de saúde, eles têm uma Comissão, onde tanto podem conversar sobre isso, quanto fazer uma autocrítica acerca dos próprios comportamentos”, disse. “E se alguém tem dúvida se está sendo assediado, o relato já vale para procurar uma denúncia.”

Denúncias de casos envolvendo servidores, magistrados, terceirizados e estagiários do TRE-PE são recebidas pela Ouvidoria e podem ser encaminhadas pelo site, através do formulário eletrônico da Ouvidoria; pelo telefone (81) 3194-9200; pelos e-mails da Ouvidoria (ouvidoria@tre-pe.jus.br) ou da Ouvidoria da Mulher (ouvemulher@tre-pe.jus.br); e ainda de forma presencial na sala da Ouvidoria, no 3º andar do prédio sede do tribunal, no Recife. Também podem ser feitas diretamente com os integrantes da Comissão de Assédio. É assegurado o sigilo do denunciante, se assim preferir.

A integrante da Comissão de Assédio, Alzira do Vale, avaliou o saldo do evento como sendo positivo, pois mobilizou gestores de diferentes setores. “Foi muito bom ver o pleno lotado, porque é justamente para os gestores que nós damos esse recado e também para aquele que está se sentindo assediado. A instituição é feita dos dois extremos – tanto de nós, servidores, quanto dos gestores – e se nós não curarmos as nossas relações e a forma como isso acontece dentro do Tribunal, a instituição também fica doente.”

Acesse aqui as fotos do evento.

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