Considera-se pré-hipertenso quem tem pressão sistólica maior ou igual 120 mmHg ou diastólica entre 80 e 89 mmHg, e hipertenso quem tem valores maiores do que estes em duas ou mais medições, em momentos distintos de atendimento.

Noventa e cinco por cento das ocorrências de hipertensão não têm causa definida, caracterizando a hipertensão primária. Cinco por cento dos casos estão relacionados a outras doenças, como disfunção da tireoide, doença renal, entre outras.

A maioria dos pacientes não tem queixas. Os sintomas, quando presentes, estão mais relacionados à lesão de órgãos-alvos, como rins, olhos e coração. Dessa forma, é importante medir a pressão arterial pelo menos duas vezes ao ano, mesmo sem nenhuma queixa.

Existem vários fatores de risco, sendo os principais: idade maior do que 65 anos, obesidade, história familiar de hipertensão, doença dos rins, afrodescendência, dieta rica em sal, consumo excessivo de álcool, sedentarismo, diabetes, personalidade depressiva ou ansiosa e deficiência de vitamina D.

Prevenir a hipertensão requer mudança nos fatores acima que são passíveis de reversão (os hábitos de vida). O tratamento, além da prática de atividade física regular, adoção de dieta e empenho em busca da redução de peso, na maioria dos casos, necessita do uso de medicação.

O hipertenso, mesmo após o controle dos níveis de pressão, deverá ir ao médico pelo menos duas vezes ao ano para acompanhamento.

www.sbh.org.br – Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial Sistêmica

www.cardiol.br – Sociedade Brasileira de Cardiologia

*Dr. Cristiano Hecksher"

*Médico clínico e cardiologista, especialista em Medicina Intensiva e Mestre em Medicina Tropical – Infectologia. É médico do TRE-PE.